quinta-feira, 24 de março de 2011

O caráter político e administrativo das praticas cotidianas na escola públicas

(Vitor Henrique Paro)
A dimensão política das praticas escolares

A prática política necessariamente ligada á disputa pelo poder na sociedade, sua presença no cotidiano da escola pública tem a ver com os interesses antagônicos aí em jogo. Temos como fim da educação escolar a universalização do saber produzido historicamente, de modo que ele seja apropriado pelas amplas camadas trabalhadoras, sendo já uma posição política.
Sem a participação dos usuários da escola pública, dificilmente o Estado se disporá a atender os interesses das populações que, por sua condição econômica, encontram-se, em nossa sociedade, alijadas do poder político. Trata-se de viabilizar o controle democrático do estado, de levá-lo a atender os interesses das camadas majoritárias da população.
A relevância do estudo das práticas políticas no cotidiano da escola públicas se refere diretamente ao exame das condições que aí se apresentam para o exercício dessas praticas, ou seja, das praticas de participação da população na tomada de decisões na escola.
Práticas políticas e administrativas
O exame do modo como se configuram as múltiplas relações sociais que têm lugar no cotidiano da escola e seu inter-relacionamento com os determinantes sociais mais amplos, como a considerações da natureza específica quer da prática política, ou da atividade administrativas, parecem autorizar a conclusão de que o político tem precedência sobre o administrativo no cotidiano da escola pública. O estabelecimento de objetivos políticos antecede, e certamente condicionará o processo de atingi-los atividades administrativas.
A prática administrativa toma o fim como um dado, por isso ela precisa ser complementada, subsidiada, pela atividade política. Mas estabelecido objetivo, só a partir da racionalidade na utilização dos recursos, objetivos da prática administrativa, é possível alcançá-lo de forma efetiva. A própria busca do poder político, enquanto objetivo que se põe, é algo que precisa ser convenientemente administrado.
Dois pontos de extrema importância parecem impor-se como conjuntos de medidas que reclamam urgente implementação.
O primeiro deles reporta-se a medidas mais de configuração políticas, mas que não deixam de apresentar também um caráter administrativo. Falando de providências que diz respeito á instalação de uma estrutura política administrativa adequada a participação nas tomadas de decisão de todos os setores que aí têm presença, em especial seus usuários, eivada de mecanismos institucionais que viabilizem e incentivem. Na falta desses mecanismos de pressão e controle político sobre o Estado, a escola pública só poderá ser o que ela é hoje: uma mistificação, uma negação do direito á educação.
O segundo conjunto de medidas está estreitamente ligado ao primeiro se possa dizer que suas características sejam mais propriamente administrativas do que política fundamental. Apesar de estar, em geral totalmente ausente da rede de ensino público, sua importância e necessidade parecem tão óbvias quando dizer-se que não há processo administrativo consistente, separado de um efetivo processo de avaliação dos resultados.Em geral o único processo de avaliação de que se tem noticia nas escolas públicas refere-se á avaliação do rendimento dos alunos. Mas este, pelo que se conhece, consiste muito mais numa antiavaliação, já que, por meio de uma avaliação punitiva. E óbvio que não se trata já de atividades estreitamente administrativas, mas da própria ligação entre o administrativo e o político, com o primeiro procurando viabilizar o segundo e este servindo de fundamento para a realização daquele.


Alunas: Carla Juliana
Danielle J. Alves
Géssica Carla
Kássia Maria
Polyana S. Xavier

4 comentários:

  1. Refletir sobre o caráter político e administrativo das práticas implica ter como objeto de análise tudo o que se dá na unidade escolar.
    Para esse análise, as práticas administrativas são visualizadas separadamente das políticas para depois fazer considerações do relacionamento entre ambas.
    Motivos que auxiliam para isso:

     Precárias condições de funcionamento;
     Falta de material didático;
     Espaço físico impróprio;
     Móveis e equipamentos deteriorados;
     Formação inadequada do corpo docente;
     Escassez de professores e demais funcionários;
     Falta de recursos materiais e financeiros.


    Por isso que o autor diz que as práticas escolares se configuram como uma prática burocratizada em que os meios e os processos perdem seu propósito de mediações para a consecução dos fins sociais. Por isso também, é difícil encontrar, no cotidiano da escola pública, atividades permeadas por princípios administrativos de racionalidade e eficiência.
    E refletindo sobre ela podemos dizer que a relevância deste estudo no cotidiano da escola pública se refere diretamente ao exame das condições atuais, onde deveria haver a participação da população na tomada de decisões na escola. Pois sem essa participação, o Estado dificilmente se disporá a atender os interesses das populações que, por suas condições econômicas, tornam-se distantes do poder político. Fazendo que o poder se encontre concentrado nas mãos de grupos restritos da sociedade.
    Podemos concluir que o político tem procedência ao administrativo no cotidiano da escola pública. Devemos buscar a integração das práticas políticas com as atividades administrativas, procurando tomar proveito do caráter político e administrativo das práticas que se dão no cotidiano da escola.
    Na escola pública, nada disso existe, o que garante que ela jamais atinja seus objetivos proclamados. O que existe é a avaliação do rendimento escolar do aluno, totalmente punitiva, responsabilizando o aluno pelo fracasso na aprendizagem, ficando alheia à sua ineficiência.
    Postado pelas acadêmicas V periodo Pedagogia : Ismenia,Waldirene,Cárita, Elizabeth,Jéssica.

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  2. Assim como citado pelo grupo,as práticas políticas estão ligadas ao nosso tão conhecido jogo de interesses pelo poder,tanto que "teoricamente" as escolas públicas deveriam estar sendo apropriadas pelas amplas camadas
    trabalhadoras,mas na prática quem tomam as decisões são os grupos restritos da sociedade.Mas se o compromisso da escola pública deve ser com as classes subalternas,é importante que haja a participação dos próprios usuários da escola pública nas decisões aí tomadas.Para que isso reaqlmente aconteça,é essencial que viabilizem o controle democrático do Estado,para que os atendidos sejam realmente as classes majoritárias da população e não somente um seleto grupo composto por poderosos econômica e socialmente.Então o estudo dessas práticas politicas na escola pública, vem para que exista a participação da população nas decisões da escola tanto interna quanto externamente.

    Grupo:Andressa Marília,Brenda Borba,Diná Santana,Gerciane,Geisilene Vieira,Thamara Souza e Wanessa Cristina.-4°período

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  3. Ao refletirmos sobre o caráter político e administrativo das práticas analizamos que ambas implica ter como objeto de análise tudo o que se dá na unidade escolar.
    Para essa análise, as práticas administrativas são visualizadas separadamente das políticas para depois fazer considerações do relacionamento entre ambas.
    Pesquisar as práticas escolares, primeiro, em seu caráter administrativo, depois em sua configuração política, para, finalmente, tecer algumas considerações a respeito do relacionamento entre ambas essas dimensões.
    Adriana, Alessandra Tavares, Cristiane, Luciane, Marileide, Mª Auxiliadora, Michele, Suellen, Valquiria.

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  4. De forma geral o processo sócio-administrativo da escola não é realizado de forma válida e eficaz, pois há uma exigência enorme de papeladas, relatórios e prestação de contas da parte pedagógica da escola para o governo, e este nem possui meios de aferição das mesmas. Há um exagero burocrático na escola, e um descaso total com o corpo docente e as condições de trabalho, e com isso uma apatia da escola em relação ao principal objetivo administrativo: a transmissão eficaz do conhecimento.

    Alunas:
    Lorena Maria e Rayane Lemos 5o período.
    Nilza, Geisa, Beatriz 4o período.

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